Pobre Pastor

Pobre pastor, no cimo do monte
Observa todo o seu rebanho
Embora não o saiba, não o conte
Ele é o seu cordeiro castanho

Pelo cimo do monte anda o pastor
Observa tudo em seu redor
Nunca vai perder estas ovelhas de vista
São seu sustento, sua forma de vida

Pobre pastor, não tem ninguém
Vive apenas por ser alguém
Busca vida melhor, um mundo feliz

Sua família o abandonou
Sua mulher no altar o deixou
Hoje no cimo do monte chora sozinho

Ninguém o quer
Ninguém o olha
Ninguém o sonha

Pobre pastor, vida cheia de amor
Viveu, sonhou, nunca desesperou
Seu coração não tem dor
Seu coração apenas amou

Subindo e descendo o monte, só
Neste dia triste está só e abandonado
Pobre pastor, hora maldita
Neste dia seu rebanho ficou guardado

Pobre pastor, no cimo do monte fechou os olhos
Do cimo do monte seu brilho não mais saiu
Foi o dia em que ele partiu
Foi-se embora deste mundo, viajou
Ninguém o procurou
Ninguém por ele perguntou
Pobre pastor, para outro mundo mergulhou!

Poema de Telmo André B. Rolo
Fotografia de Rui Peixoto

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