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Conversa Luís Capela
Sintomas De Escritor julho 10, 2020 0
Luís Capela é um jovem escritor que em 2017 publicou o seu primeiro livro “Sentimentos Em Versos”.
O autor acredita que o amor é base de tudo na vida, ao escrever tenta transmitir que nunca devemos deixar se de ser nós mesmos e lutar por aquilo que nos faz sentir vivos.
A escrita é o canal que muitas pessoas utilizam para expressar o que mora dentro de cada uma delas. É como desabafar com alguém, mas este alguém tem a particularidade de não nos julgarSe não estivesse a responder a esta entrevista, neste momento estaria...
Luís Capela: De verdade, não sei exactamente, mas decerto que estaria a fazer algumas das coisas que mais amo.
Diga-nos quem é Luís Capela?
LC: Não gosto de me definir, mas na minha opinião, sou uma pessoa simples, humilde, sorridente por natureza, exigente comigo mesmo e muito teimoso.
Como te sentes ao escrever?
LC: Sinto-me no meu mundo, a viajar nos meus pensamentos, levado por cada palavra que ouso escrever, digamos que é o meu paraíso.
Será a escrita assim como … uma terapia?
LC: Em alguns casos, sim. A escrita é o canal que muitas pessoas utilizam para expressar o que mora dentro de cada uma delas. É como desabafar com alguém, mas este alguém tem a particularidade de não nos julgar e por isso mesmo é utilizado cada vez mais.
Com que idade começaste a escrever?
LC: Comecei a escrever com 28 anos. Na altura senti a necessidade de exteriorizar aquilo que me atormentava por dentro. Foi uma espécie de libertação e com o tempo tornou-se um gosto.
... foi numa altura menos boa da minha vida em que senti a necessidade de utilizar a escrita para desabafar e por incrível que pareça ajudou-me a ultrapassar essa fase e tornou-se um gosto diário.
LC: Não. Nunca imaginei algum dia ser escritor na minha infância. Ser escritor foi algo que aconteceu naturalmente.
Qual o teu maior sonho de criança?
LC: Ser polícia, talvez porque na minha infância brincávamos muito aos polícias e aos ladrões, mas quando cheguei à adolescência desapareceu.
O que te levou até à escrita?
LC: Sinceramente, no meu entender, foi numa altura menos boa da minha vida em que senti a necessidade de utilizar a escrita para desabafar e por incrível que pareça ajudou-me a ultrapassar essa fase e tornou-se um gosto diário.
Como defines a tua escrita?
LC: A minha escrita tem como objectivo criar emoções. Escrevo sempre com a intenção de ajudar quem me lê. Sei que vou ajudar alguém e isso é a minha maior recompensa. Se posso tornar a vida de alguém melhor, nem que seja por alguns momentos, por que razão não o fazer?
Qual a tua inspiração para escrita?
LC: A minha grande inspiração é o ser humano e a natureza, mas essencialmente as pessoas. Há tanto para descobrir sobre nós mesmos e é isso que nos torna tão fascinantes.
A nossa cultura poderia ser muito superior, mas para tal seria necessário que o governo tomasse algumas medidas, tais como um maior financiamento de apoios ou campanhas de incentivo aos artistas deste país.
LC: O livro é um mundo capaz de te fazer viajar por lugares que nunca imaginaste.
Digamos que é mundo criado pelo escritor para ser vivido da primeira à última página pelo leitor. Em cada livro há sempre ensinamentos que podemos retirar para a nossa vida.
É possível viver da escrita?
LC: É possível, mas é muito difícil consegui-lo no nosso país. Há quem passe a vida a tentar...
Qual o caminho para melhorar a cultura, em Portugal?
LC: A nossa cultura poderia ser muito superior, mas para tal seria necessário que o governo tomasse algumas medidas, tais como um maior financiamento de apoios ou campanhas de incentivo aos artistas deste país. Os apoios tendem a ser escassos para tudo o que é considerado arte, pelo que muitos artistas com talento acabam por desistir, optando por outros caminhos.
Será́ um livro, uma ajuda?
LC: Claro que sim. Os livros são como pessoas, e como tal, têm sempre algo para ensinar sobre a vida.
Ainda existe, nos dias de hoje, a necessidade de escrever um livro em papel?
LC: É óbvio que sim, embora também já estejam a ser publicados em formatos digitais. Um livro em papel tem o olfacto, o tacto e a magia que nenhum suporte digital será capaz de alcançar.
Os livros poderão ajudar a passar o tempo, transmitir esperança por dias melhores e a libertar as incertezas que moram, neste momento, dentro de cada um.
LC: Um bom livro é aquele que é capaz de transmitir a sua essência a quem o lê.
E um bom escritor?
LC: Um bom escritor é todo aquele que com a escrita consegue prender o leitor ao seu livro.
Durante este período, de quarentena e isolamento e confinamento, de que forma é que os livros podem ajudar as pessoas?
LC: Os livros poderão ajudar a passar o tempo, transmitir esperança por dias melhores e a libertar as incertezas que moram, neste momento, dentro de cada um.
Que conselho dás a quem quer começar a praticar a ler um novo livro, mas não sabe qual escolher?
LC: Deve procurar um livro ou escritor com que se identifique, algum género que gostasse de ler e que lhe desperte curiosidade.
Como escolher um bom livro, apenas olhando pela capa?
LC: Uma pergunta muito difícil... Depende muito do gosto de cada um... Todos os livros são bons, nós é que podemos ou não identificar-nos.
Qual o elogio mais gratificante que já recebeste?
LC: Não tenho nenhum em particular, porque para mim todos são especiais, mesmo que recebidos de diferentes formas.
A minha maior ambição é continuar a ser feliz na escrita e poder fazer, cada vez mais, leitores felizes. Esta é a minha verdadeira, e mais difícil, missão que tenho para comigo e para com eles.
LC: Não tenho nenhum herói, mas sim, heróis. Família e amigos, eles serão sempre os meus heróis.
Qual a frase que te disseram te marcou mais até hoje?
LC: Há tantas... Seria injusto mencionar alguma em concreto, porque todas foram, e são, importantes para mim.
Se pudesses deixar um mensagem que fosse ser lida daqui a 100 anos, qual a mensagem que deixarias?
LC: Aproveitem cada segundo das vossas vidas sem nunca deixarem de ser quem são.
Quais são as tuas ambições futuras?
LC: A minha maior ambição é continuar a ser feliz na escrita e poder fazer, cada vez mais, leitores felizes. Esta é a minha verdadeira, e mais difícil, missão que tenho para comigo e para com eles.
O que nos dizem os teus livros?
LC: Boa pergunta! Os meus livros são autênticas viagens que nos levam a conhecer quem verdadeiramente somos.
Como poderemos ser felizes se não nos conhecermos verdadeiramente?
Texto: Palavras Regionais | Imagens: Facebook de Luís Capela
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