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Conversa Ana Gil Campos
Sintomas De Escritor junho 16, 2020 0
"As impertinências do Cupido", "Quando Ruiu a Ponte sobre o Tamisa" e "A Segunda Pele da Acácia Mimosa", três livros, três histórias, três conjuntos de palavras com algo em comum, Ana Gil Campos é a autora, escreve e organiza, pensa e modela os livros conforme a sua ideia, assim como qualquer autor.
Ana Gil Campos já mereceu diversas opiniões pela pela crítica ... "incrível talento que permitiu a autora entrar no mundo da literatura já com uma obra bastante madura." ... "apenas de vez em quando somos surpreendidos por um autor que revele já muito talento na primeira publicação." ... "adorei a forma maravilhosa de escrever de Ana Gil Campos, tão bela e profunda." ... "uma escritora que promete." ... "um excelente exemplo desta nova geração de escritores portugueses que provam saber escrever com alma." ... "escreve de uma forma absolutamente poética e linda que me encantou." ... "conquistou-me com a sua escrita e será uma autora que vou querer seguir, ficando a aguardar com grande expectativa o seu próximo trabalho." ... "é, sem sombra de dúvida, uma óptima aposta num novo talento da escrita em português."
Escreveu para o Expresso de 2009 a 2014 e colaborou com a revista Exame de 2011 a 2013. Esporadicamente publica contos na plataforma Capazes desde maio de 2015. Dedica-se com regularidade ao seu blog pessoal (www.anagilcampos.blogspot.com).
... mesmo antes de aprender a escrever já juntava letras aleatoriamente e perguntava a um adulto se tinha construído uma palavra.
Ana Gil Campos: A ler ou a escrever.
Diga-nos, quem é Ana Gil Campos?
AGC: Mãe, esposa e escritora, essencialmente.
Como se sente ao escrever?
AGC: Em exercício da liberdade plena.
Com idade começou a escrever?
AGC: Desde muito cedo, tenho texto deliciosos com apenas nove anos de idade. Mas mesmo antes de aprender a escrever já juntava letras aleatoriamente e perguntava a um adulto se tinha construído uma palavra.
Escrever era o seu sonho de criança?
AGC: Não, via e vejo a escrita como algo natural, como comer ou dormir, uma necessidade vital.
Qual o seu maior sonho de criança?
AGC: Ter a minha família.
O que a levou até à escrita?
AGC: Um período de reflexão profunda em que analisei a minha vida.
Como se define a sua escrita?
AGC: Irónica, imaginativa e reflexiva.
Qual a sua inspiração para escrita?
AGC: A vida e a sociedade.
... as crianças devem ser vistas como agentes activos na cultura.
O que é um livro?
AGC: Um livro pode ser muita coisa, um bom livro pode ser uma porta que nos leva a expandir a nossa vida.
Como escrever uma história, na escrita?
AGC: Pensando antes de começar a escrever.
As palavras, ganham na leitura, vida própria?
AGC: Ganham, e a própria história também.
Qual o caminho para melhorar a cultura, em Portugal?
AGC: Ensinando e orientando as crianças desde praticamente a nascença nesse sentido. Só assim se poderão tornar adultos interessados na cultura e exigentes nas suas escolhas, melhorando a cultura em Portugal. Isto é, as crianças devem ser vistas como agentes activos na cultura.
Será o livro, um amigo?
AGC: Pode ser, tendo em atenção que os amigos nem sempre nos dizem o que gostaríamos de ouvir, também nos alertam e mostram aquilo que muitas vezes não queremos ver.
Ainda existe, nos dias de hoje, a necessidade de escrever um livro em papel?
AGC: Toda a necessidade, os livros electrónicos revelaram-se um fracasso, ou pelo menos não tiveram o sucesso que muitos esperavam. Quem gosta de ler, normalmente, privilegia o livro físico.
As tecnologias irão terminar com os livros, em papel?
AGC: Houve esforços nesse sentido, mas sem sucesso. Noutra perspectiva, as tecnologias viciam as pessoas nas suas ferramentas, roubando assim tempo para a leitura, mas são as pessoas que fazem esta escolha deixando de ser leitores por livre vontade.
Um livro pode ser um ensaio, técnico, romance, poesia… o único factor em comum é que seja bem escrito.
Como se define um livro?
AGC: Um livro pode ser um ensaio, técnico, romance, poesia… o único factor em comum é que seja bem escrito.
E um escritor, como será definido?
AGC: Alguém que necessite de escrever e se dedique à escrita, e que esta esteja acima de qualquer factor superficial ou qualquer tipo de interesse pessoal ou alheio.
Durante este período, de quarentena, isolamento e confinamento, de que forma é que as histórias podem ajudar as pessoas?
AGC: De várias maneiras: a encontrarem-se, a descobrirem o sentido da vida, ou então para se sentirem mais tranquilas e equilibradas.
Que conselho dá a quem quer começar a ler um novo livro, mas não sabe qual escolher?
AGC: A demorar-se numa livraria ou biblioteca, a pegar num e noutro livro, ler excertos aleatoriamente até se decidir por um.
Como escolher um bom livro, apenas olhando pela capa?
AGC: Nunca escolher um livro pela capa.
Qual o elogio que gostaria de receber?
AGC: Não penso em elogios, não é algo que procuro.
... daqui a uma hora poderemos não estar cá, por isso, só faz sentido vivermos a vida e tratarmos os outros com gentileza.
Qual a pessoa que a marcou mais até hoje, qual o herói da sua vida?
AGC: Uma pessoa com quem partilho a minha vida.
Qual a frase que lhe disseram a marcou mais até hoje?
AGC: Há muito tempo, quando me disseram que a vida pode ser mais ampla do que à partida parece.
Se pudesse deixar uma mensagem que fosse ser lida daqui a 100 anos, qual a mensagem que deixaria?
AGC: Que daqui a uma hora poderemos não estar cá, por isso, só faz sentido vivermos a vida e tratarmos os outros com gentileza.
Quais as suas ambições futuras?
AGC: Ser fiel aos meus princípios e àquilo que considero essencial para mim.
O que nos dizem os seus livros?
AGC: São respostas a questões, na altura em que os escrevi.
AGC: São respostas a questões, na altura em que os escrevi.
Texto: Palavras Regionais | Imagens: Facebook de Ana Gil Campos
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