13 de maio: a essência da mensagem de Fátima

Era 13 de maio de 1917, quando três crianças que olhavam pelo rebanho de ovelhas foram surpreendidas com um grande clarão no céu. Em cima de uma pequena árvore, uma “Senhora mais brilhante que o sol” com um terço branco e uma voz terna, disse às crianças para não terem medo, pois ela vinha do Céu e era necessário rezar muito; convidou-os a voltar à Cova da Iria durante mais cinco meses consecutivos, no dia 13, na mesma hora.

Desde então, aquele lugar nunca mais foi o mesmo. A fama das aparições atravessou oceanos e espalhou-se pelo mundo como um sinal de esperança em meio aos acontecimentos da Segunda Guerra Mundial.

Em 13 de outubro daquele mesmo ano, conforme a Senhora havia prometido, concluiu-se o ciclo das aparições. Este dia ficou marcado com o surpreendente e famoso “Milagre do Sol” – historicamente reconhecido, inclusive pela ciência. Diante deste sinal e após um estudo apurado dos fatos, a Igreja, em 1930, declarou como dignas de crédito as visões das crianças na Cova da Iria, permitindo, oficialmente, o culto a Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

O lugar escolhido para transmitir a mensagem também surpreende: diante da abundância de luxuosos castelos e fortalezas – alguns conservados até hoje, enriquecendo o património histórico de Portugal – a Senhora do Rosário escolheu a Cova da Iria, uma terra de pastagens para rebanhos de ovelhas, coberta de vegetação rasteira, pedras e algumas, poucas, árvores, como a azinheira, que lhe serviu de púlpito. Ela não estava interessada em realeza, queria corações puros e dispostos a viver o sacrifício e a conversão, encontrando-o nos Pastorinhos.

O tempo passou e a simplicidade continua a ser uma forte característica de Fátima. Quem chega ao Santuário com o desejo de ouvir a voz de Deus é tomado por um misto de paz e quietude que, aos poucos, contagia a alma levando ao silêncio. Acredito que é no silêncio e na simplicidade que Deus se revela, fazendo-nos ir além da razão e das palavras. Talvez seja este o “Segredo de Fátima” que atrai anualmente mais de cinco milhões de peregrinos ao lugar das aparições.

Recordo-me de, certa vez, quando entrevistei um peregrino que acabava de chegar ao Santuário, depois de caminhar a pé – dia e noite durante uma semana – rumo a Fátima. Fiquei emocionada só de observar os seus olhos, cheios de lágrimas, seus pés inchados e o rosto marcado pelo frio causou-me emoção. Perguntei: “O que significa para o senhor chegar aqui, à Capelinha das Aparições, depois de caminhar tanto tempo a pé?” Ele apenas apontou para a imagem de Nossa Senhora que está no exato local onde ela apareceu aos Pastorinhos e falou, com voz embargada: “Ela sabe por que estou aqui!”

A essência de Fátima é chamar a atenção dos homens, para as verdades eternas da salvação. E a primeira exigência para colocar isso em prática é a reparação das ofensas cometidas contra Deus, contra Jesus e contra o Imaculado Coração de Maria, por meio do oferecimento dos sacrifícios que já fazem parte do nosso dia a dia. Simples! Não é?

As inúmeras graças alcançadas pela intercessão de Nossa Senhora, o número crescente de confissões que são atendidas no Santuário, os testemunhos de vidas transformadas, e o número cada vez maior de peregrinos que vão à Cova da Iria são sinais evidentes da presença real da Mãe de Deus, neste lugar.

Apoiemo-nos com fé na promessa que a Virgem do Rosário de Fátima fez numa de suas aparições: «Por fim, meu Imaculado Coração triunfará!»
Confiantes no seu amor de Mãe, deixemo-nos formar por ela no dia a dia, como fizeram os Pastorinhos.

Artigo de Dijanira Silva (missionária da Comunidade Canção Nova, atualmente reside na missão de São Paulo, e é apresentadora da Rádio Canção Nova América (SP)) originalmente publicado em (https://www.aredacao.com.br/artigos/57735/13-de-maio-a-essencia-da-mensagem-de-fatima)

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